Reconforto
Chico Xavier
Emmanuel
Frutos do bem
Cada criatura é percebida no plano da verdade e apreciada, de perto, pelas forças que a representam no mundo.
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Não olvides que a nota de nossa influência na Terra é amplamente reconhecida nas esferas superiores.
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Não pelas palavras brilhantes que, em muitas circunstâncias, podem ocultar delituosos e obscuros pensamentos.
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Não pelos modos gentis que, em muitas ocasiões, constituem maneias que a disciplina nos impõe à impulsividade agressiva, através da contenção compreensivelmente louvável.
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Não pela cultura intelectual que, muitas vezes, se faz porta de acesso à perturbação.
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Não pela idade longa que tenhamos alcançado no corpo físico, de vez que, em muitos lances da experiência, o tempo foi menosprezado ante a responsabilidade que as horas significam.
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Não pela fé religiosa no culto externo, porquanto a rotulagem convencional nem sempre define o caráter elevado e as qualidades edificantes.
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O verbo, a atitude, o tempo, a inteligência e a convicção representarão expressivos valores em nossa romagem na Terra, mas apenas quando com eles formamos o fruto do bem – o único patrimônio pelo qual pode o espírito merecer a bênção do Senhor e incorporá-la ao campo dos próprios dias.
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Seja qual for a nossa situação no quadro terrestre, mantenhamos a planta da existência sobre as raízes do Cristo, o Divino Mestre, porque, em verdade, somente em Jesus, encontraremos a seiva da imortalidade, capaz de auxiliar-nos na produção dos frutos do Bem, talentos imperecíveis que sustentam a paz e a alegria na Terra por serem os verdadeiros tesouros dos Céus.
Na Higiene da Alma
O perdão é comparável à água lustral do espírito, lavando todas as nódoas que nos assaltam o tecido da existência.
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Não te alegrarás, exibindo a veste salpicada de lama e nem te resignarás a conduzir, cada dia, o lixo da própria casa na concha das próprias mãos.
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Ao invés disso, obrigas-te cada manhã ao ritual da limpeza, a começar por teu próprio corpo, a fim de que a saúde e a higiene te marquem as horas.
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No terreno da própria alma, aguardar ressentimentos e mágoas, melindres e dissabores, ante a conduta alheia, é o mesmo que transportar, no reduto do próprio ser, os detritos de nossa marcha, intoxicando-nos a vida.
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Odiar é render culto ao desequilíbrio, maldizer é abrir chagas íntimas, censurar é ferir a esperança, exigir, quase sempre, é aborrecer.
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Lembra-te de que todos temos necessidade da desculpa recíproca, a fim de que a estrada se nos desimpeça do pedregulho nela atulhado por nossos próprios erros.
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Recorda o reconforto que recolhes da palavra de estímulo e a bênção de alívio que te afaga o coração, quando as tuas faltas possíveis são recebidas por outrem com tolerância e perdoa, sem condições, a todos os golpes da senda, na certeza de que todo mal desaparecerá para que o bem permaneça.
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Aqui, agora e sempre, seja onde for, aprendamos a esquecer tudo o que representa poeira inútil da caminhada, procurando simplesmente a luz da compreensão e do amor que tudo renova e doura, a caminho da Vida Maior e abrir-se-á renovado caminho na longa peregrinação de trabalho e de experiência em que nos cabe evoluir para Deus.
Na Luta Cristã
Quem abraça os princípios cristãos se converte em soldado d’Aquele que nos disse: - “Eu não venho trazer a paz e sim a espada”.
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Nessas palavras, o Senhor se refere claramente à lutas em que nos achamos alistados para o serviço ativo do bem.
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O campo belicoso, porém, permanece na intimidade de nós mesmo.
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A ação é contra nós, contra as comodidades do “eu”, contra a cristalização do egoísmo multissecular que nos caracteriza.
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O plano de combate jaz estruturado no Evangelho Renovador, cujas indicações deveremos realmente viver, se aspiramos ao triunfo.
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Nossas armas, por isso, na ofensiva contra os inimigos gratuitos e naturais que a nossa posição acordará, são, invariavelmente, o amor , a compreensão, a piedade e o auxilio incessantes.
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Reconhecemos que o discípulo da Boa Nova é alguém que se bate contra as deformidades espirituais de si mesmo, trabalhando constantemente pela própria melhoria, de modo a atingir a vitória sobre si próprio, a única que, efetivamente, estabelece o domínio da paz.
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Achamo-nos em luta - em luta áspera-na fortaleza do próprio coração, informados de que não é possível a movimentação da fraternidade sem inimigos, já que procuramos expulsar de nós mesmos os velhos sentimentos delituosos, que se nos aninham no próprio ser , sob a capa respeitável da dignidade pessoal.
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E notificados de que o próprio Jesus, por amar-nos e servir-nos, não conseguiu escapar ao extremo sacrifício, busquemos eleger a humildade perante o orgulho, o silêncio diante do mal, o serviço à frente do ataque e a serenidade ao lado da violência, por normas ideais de trabalho, seguindo ao encontro da vitória íntima, que nos propiciará o passaporte necessário à conquista da Vida Maior.
Na Seara do Bem
Entra na faixa da Grande Compreensão e segue esquecendo o mal.
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Não te vistas com os andrajos da queixa.
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Não lances o veneno da crítica na taça dos semelhantes.
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Não apedrejes.
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Não te consagres à seleção de chagas e cicatrizes.
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Lembra-te de que a Divina Bondade tudo dispôs para que a harmonia reine nos quadros da natureza.
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O lenho seco produz a chama que extingue o frio.
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O corvo devotado aos detritos é aproveitado na higiene do solo.
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A serpente que destila peçonha é constrangida a arrastar-se.
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Do próprio bolor retira a ciência de hoje remédio salutar.
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Para que nos concederia o Senhor o trabalho e o discernimento? Porque nos induziria à bondade e ao estudo nobre? Onde situaremos os louros da paciência e os méritos da esperança?
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Não gastes o tesouro das horas, acumulando sombras em torno dos próprios pés.
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Cada dia, após o império da noite, o sol ressurge no firmamento, clareando espinheiros e furnas.
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Não olvides Jesus – o Sol de nossas almas - e não relaciones trevas e abismos.
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Recorda-O, buscando Simão Pedro com mais entendimento após a negação; conchegando-se com mais ternura a Tomé por desfazer-lhe as dúvidas; e procurando avistar-se pessoalmente com Saulo de Tarso, o perseguidor.
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Onde estiveres, procura o bem que possas fazer.
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No Evangelho, fomos chamados ao amor claro e simples.
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Sabes que todas as bênçãos da estrada pertencem ao Misericordioso Senhor da Vida.
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Não reclames dos outros o entendimento que esperam de ti.
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Ainda que chova fel e fogo em tua marcha, abençoa a experiência que te aclara o raciocínio e segue para diante.
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Jesus, o Mestre Divino, aparentemente derrotado ao golpe das trevas, quando alçado ao madeiro ao invés de lamentar-se ou ferir, contemplava em silêncio as futuras vitórias da ressurreição e da luz.
Na Terra do Coração
Cultivemos os frutos do Evangelho em nós mesmos, para que não nos faltem garantias à sementeira de paz e renovação.
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Lembremo-nos de que o solo do coração, de algum modo, é semelhante à terra comum.
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Para que o lavrador possa controlar a própria tarefa, efetua, primeiramente, as contas imprescindíveis, marcando as leiras que lhe receberão os cuidado de cada dia.
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Também nós não podemos viver sem o balanço das possibilidades que nos são próprias.
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Logo após, o homem do campo defende o trato de chão em que se movimentará, preservando o próprio trabalho contra a incursão de agentes daninhos.
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Por nossa vez, precisamos guardar o campo intimo, irradiando sentimentos enobrecidos, entre nós e o mundo externo, para que o assalto de elementos inferiores não nos destrua a esperança.
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Em seguida, o cultivador deixa que a terra suporte a pressão do arado, para que a boa semente encontre berço amigo.
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De igual modo, não podemos furtar o próprio espírito ao contato com o sofrimento, que opera em nós condições adequadas à plantação de valores que redimam.
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Mais tarde, vindo a germinação, não dorme o agricultor, de vez que lhe cabe a defensiva constante contra as pragas, a lhe ameaçarem a obra ainda frágil.
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Também nós outros, não podemos repousar sobre as primeiras conquistas espirituais que realizamos, porque é indispensável vigiar ante os golpes sutis das forças deprimentes que nos rodeiam o esforço.
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Do amanho da terra à colheita farta, combate o lavrador, dia-a-dia, até que o fruto precioso lhe enriqueça as mãos.
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E nós também, das primeiras noções de espiritualidade à seara da própria sublimação, não podemos descansar, porque, de instante a instante, é imperioso corrigir e aperfeiçoar pensamentos e idéias, sentimentos e aspirações no santuário de nossa fé.
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Não nos esqueçamos de que prudência, cautela, trabalho e devotamento são recursos que não nos será licito menosprezar na lavoura do aperfeiçoamento próprio, se quisermos converter a própria vida, com o Cristo, em abençoado celeiro de amor e luz.
Não Bastará Dizer
Não bastará clamar, “Senhor! Senhor!...”, para atravessarmos vitoriosamente as portas da iluminação espiritual.
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Muitos clamam pela proteção do Divino Mestre, em lágrimas de compunção, mas não lhe aceitam os desígnios salvadores. Esperam pelo Benfeitor Divino, à maneira de crianças caprichosas, habituadas a viciosas exigências.
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Muitos apelam para Jesus, reclamando-lhe socorro, declarando-se extenuados pelas pequenas lutas que lhes couberam no mundo, entretanto, são cegos para os fardos pesados que os vizinhos suportam heroicamente.
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Muitos repetem o nome do Amigo Celeste, não para materializar-lhe os princípios no mundo, mas para conquistarem destacado lugar no banquete da dominação humana.
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Muitos se reportam ao Mestre da Cruz, rogando-lhe refúgio entre os anjos, todavia, em plena fuga ao serviço que o Céu lhes conferiu, entre as criaturas, na Terra, para soerguimento dos seus próprios irmãos de jornada evolutiva.
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O problema da elevação espiritual não está situado em nossos lábios; acima de tudo, em nosso coração e em nossos braços, que devemos mobilizar a serviço dos outros e em favor de nós mesmos.
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Apliquemo-nos à ação permanente do bem e, na certeza de que “a cada um, será dado segundo as próprias obras”, procuremos a nossa posição de servidores, no abençoado campo da vida, que nos oferece recursos incessantes à plantação de nossa própria felicidade.
Não te Aflijas
Não te aflijas, diante do quadro de lutas que te arrebata ao torvelinho das inevitáveis, porque a inquietação destrutiva nada constrói em benefícios dos semelhantes.
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Por ocasião do incêndio, não é a precipitação que salva ou retifica e nem apagaremos o fogo crepitante, atirando-lhe combustível.
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De qualquer modo, numa esfera de ação, qual a terrena, em que os bons sentimentos são luzes vacilantes e obras incompletas, seremos defrontados, diariamente, pelos raios mortíferos da desarmonia, da cólera, da intemperança e da crueldade; entretanto, a fim de que nos convertamos em recursos vivos de educação para os elementos que nos rodeiam, é imprescindível o aprendizado da serenidade e do silêncio, de modo a reajustarmos, com calma, as inseguras edificações humanas que a tempestade prejudicou.
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Ante a convulsão do verbo desvairado, cala-te e espera.
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Ante a violência arrasadora, emudece-te e aguarda a passagem das horas.
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Ante o movimento inesperado das intenções menos dignas ou do ataque indébito, cala-te ainda e conta com o tempo.
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Se aproveitas a dificuldade e a dor, a sombra e a deficiência, por valiosas oportunidades de auxiliar os teus irmãos, encontrarás no desdobramento de tua cooperação a resposta a todos os problemas que te atormentam a alma.
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Quando Jesus proclamou a bem aventurança aos aflitos, não se reportava aos espíritos insubordinados e impacientes, que elegem o desespero e a indisciplina por normas regulares de reação; referia-se, antes de tudo, aos que se acham aflitos por auxiliarem o engrandecimento coletivo, por se converterem realmente à luz eterna, por se consagrarem à caridade e, acima de tudo, por se dominarem, transformando-se em veículos de manifestação da Vontade do Senhor.
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Assim, pois, se te inquietas pelas construções do Bem Eterno, permaneces credenciado à bem-aventurança divina que, efetivamente, é muito difícil de alcançar.
Nas Linhas do Bem
Quando o homem acende a luz da boa vontade no próprio coração, procura trabalhar incessantemente.
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Quando trabalha, adquire conhecimento.
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Quando conhece, amplia a visão espiritual.
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Quando vê claramente, entra na posse da grande compreensão.
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Quando compreende, com largueza de idéias, aprende a sair de si próprio, abandonando a concha escura do egoísmo multimilenar.
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Quando abandona o antigo círculo da personalidade, encontra a alegria de ser útil.
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Quando auxilia realmente, empreende em si mesmo a construção da verdadeira fraternidade.
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Quando se sente o irmão do próximo e companheiro dos seus vizinhos, descobre no próprio coração o tesouro do amor.
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Quando ama, sabe renunciar às antigas ilusões que o prendem às sombras.
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Quando entra n posse da luz no santuário da própria existência, a favor de todos.
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Quando penetra o segredo da cruz, nos montes da própria alma, ainda mesmo prosseguindo na experiência física, reveste-se da ressurreição de si mesmo, cada dia, dentro da qual continua servindo e servindo sempre, estranho a qualquer idéia de entendimento alheio ou qualquer idéia de entendimento alheio ou qualquer expectativa de recompensa, porque, então, será o efeito instrumento da Vontade do Senhor, onde estiver.
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Esse será o homem de bem, segundo o padrão do Cristo que nos ampara, desde o princípio da jornada evolutiva, continuando conosco, até o fim dos séculos.
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Abrir o coração e estender os braços, fraternalmente, para a vida e para a Natureza, servindo constantemente, é o nosso primeiro passo na aquisição do título de filhos da luz, segundo Jesus Cristo.
Nem Todos os Aflitos
A provação é um desafio que poucos suportam, lição que raros aprendem.
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Depois de regulares períodos de paz e ordem, a alma é visitada pela provação que, em nome da Sabedoria Divina, lhe afere os valores e conquistas.
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Raros, porém, são aqueles que a recebem dignamente.
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O impulsivo, quase sempre, converte-a em falta grave.
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O impaciente faz dela a escura paisagem do desespero, onde perde as melhores oportunidades de servir.
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O triste desvaloriza-lhe as sugestões e dorme sobre as probabilidades de auto-superação, em longas e pesadas horas de choro e desalento.
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O ingrato transforma-a em calhau com que apedreja o nome e o serviço de companheiros e vizinhos.
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O indiferente foge-lhe aos avisos como quem escapa impensadamente da orientadora que lhe renovaria os destinos.
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O leviano esquece-lhe os ensinamentos e perde o ensejo de elevar-se, por sua influência, a planos mais altos.
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O espírito prudente, entretanto, recebe a provação qual o oleiro que encontra no fogo o único recurso para imprimir solidez e beleza ao vaso que o gênio idealiza.
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Se a tempestade purifica a atmosfera e se o fel, por vezes, é o exclusivo medicamento da cura, a provação é a porta de acesso ao engrandecimento espiritual.
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Só aqueles que a recebem por esmeril renovador conseguem extrair-lhe as preciosidades.
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É por isso que nem todos os aflitos podem ser bem-aventurados, de vez que, somente aproveitando a dor para a materialização consistente de nossos ideais e de nossos sonhos, é que se nos fará possível encontrar a alegria triunfante do aprimoramento em nós mesmos, a que somos todos chamados pela vida comum, nas lutas de cada dia.
No Ato de Julgar
Não prescindas do amor que devemos a todas as cousas e a todas as criaturas para que não te falte luz ao entendimento.
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Analisando os desequilíbrios do mundo, reflete na Infinita Bondade que assegura a trajetória da Terra, no caminho dos astros, e reconhecerás que toda desarmonia é superficial e aparente.
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Observando os conflitos da Humanidade, relaciona os sacrifícios daqueles que te abriram o sulco luminoso do progresso aos próprios passos e, inventariando-lhes as lágrimas anônimas, aperfeiçoarás com teu esforço a estrada para aqueles que te sucederão no futuro.
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Apreciando os erros de alguém, medita nos ideais e nas esperanças superiores que decerto lhe povoaram o coração, e compreenderás que outro comportamento talvez lhe assinalasse a jornada, se possuísse oportunidades iguais às tuas.
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Diante daqueles que os tribunais humanos classificam à conta de delinqüentes, pensa nas comovedoras aspirações das mães que lhes afagaram o berço e compaixão imensa nascerá de tua alma, ensinando-te a auxiliar ao invés de ferir.
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Longo e alcantilado é o trilho da evolução!...
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Compadece-te de todos aqueles que voltaram à estaca de inicio, para recomeçar o caminho a pés sangrentos.
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No entanto, além da piedade, oferece-lhe braços compreensivos e diligentes, porque amanhã será talvez o teu dia de cansaço e tristeza, desencanto e desilusão, quando reclamarás igualmente o concurso de mãos fraternas a te refazerem as energias ou a te recomporem os membros desconjuntados.
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Sobretudo, não condenes, em amaldiçoes, em circunstância alguma, porque o Cristo de Deus ainda não desesperou de nossas fraquezas e hoje, tanto quanto ontem, procura com amor e paciência, libertar-nos a visão da trave do egoísmo e da crueldade, da indiferença e da ignorância, para que com Ele venhamos a cooperar na sustentação da segurança e da paz.
No Câmbio da Vida Eterna
Não te deixes conduzir por simples ilusões.
Atende aos valores substanciais da Vida Imperecível.
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Amanhã, no grande futuro, quando descerrares a própria visão à verdadeira luz, contemplarás, ombro a ombro, os reais inimigos de tua felicidade.
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As horas perdidas na omissão inconsciente ou deliberada do bem...
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As palavras contundentes arrojadas à dor do próximo...
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Os julgamentos apressados ao redor da conduta de teu irmão...
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As pequeninas deserções de cada dia, quando te ausentas apressado do prazer de servir...
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As irreflexões faladas ou escritas com que, por vezes, subestimas o valor dos companheiros de caminhada...
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As exigências descabidas com que, em muitas ocasiões, procuras lisonjear os próprios caprichos, com manifesto esquecimento das necessidades alheias...
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E aprenderás a louvar as mãos que te feriram, os gestos que te dilaceraram, as dificuldades com que buscaste a própria superação e as dores que te auxiliaram a ver com mais segurança...
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Lembra-te de que o câmbio das situações e valores é diferente na vida verdadeira para a qual te diriges, de momento a momento.
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Persistamos com os recursos de nossa própria regeneração, aceitando os obstáculos que nos convidam à experiência e agradecendo o concurso daqueles que nos inclinam à renovação necessária.
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Nossos adversários mais renitentes são os sentimentos e as idéias contrárias ao Cristo em nós, que se ocultam sutilmente nos mais recônditos escaninhos de nossa alma, constrangendo-nos a perder os mais altos prêmios de elevação, na oficina terrestre.
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Sigamos para a frente, de coração limpo e consciência reta, com o melhor desempenho de nossos próprios deveres e, dentro dessas normas, toda a dificuldade no caminho ser-nos-á valioso ensinamento e não teremos motivo para temer senão a nós mesmos, porque somente em nós mesmos residem a inferioridade e a sombra que nos induzem à tentação.
No Caminho da Fé
Imaginemos a ascensão ao conhecimento superior como sendo uma escada a erguer-se das sombras para a luz.
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Em cada degrau, respiram viajores no encalço das conquistas do espírito.
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Naturalmente, cada um deles contemplará a paisagem, de maneira diversa, aprendendo-lhe os ângulos, do ponto de vista da posição em que transitoriamente estagia.
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Alguns nada mais divisarão além do nevoeiro do abismo em que ainda se apóiam...
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Outros verão, esperançosos a claridade tênue do dia, fulgurando nas reentrâncias do vale...
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Outros ainda analisarão a beleza que esplende na superfície do solo e ainda outros conseguirão, de altos cimos, a visão soberana da auréola solar, em cintilações no corpo do monte...
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Igualmente na vida, em assuntos de fé, não olvides que a nossa situação é diferente, sempre que confrontada à situação dos companheiros que nos partilham a roda.
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Cada um deles, á semelhança do que ocorre conosco, enxergará tão-somente as minudências do quadro que lhe firam os recursos visuais em processo de crescimento.
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Não nos desequilibremos em descabidas reclamações, à frente daqueles que não podem ver por nossa retina ou mentalizar com nossa cabeça.
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Quem se ergue a plano superior, em verdade, não pode crer que unicamente a palavra, por mais veemente, possa substituir o trabalho de elevação.
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Se desejas que os outros contemplem a luz que já percebes, não lhes condenes a deficiência, nem lhes lastimes a manifesta incapacidade.
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Aprendamos a dobrar a própria cerviz, oferecendo-lhes as nossas mãos, com bondade e nobreza, para que possam subir também.
No Caminho da Perfeição
Recorda a sementeira de bênçãos na Terra, se desejas atingir a seara do aperfeiçoamento maior, na Espiritualidade Superior.
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Não há edifício sem base,tanto quanto não existe realização sem esforço.
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Lembra-te de que Jesus não nos pediu o impossível.
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As lições do Divino Mestre permanecem vazadas nos quadros mais simples da natureza.
Um grão de mostarda.
Uma candeia sob o velador.
Uma dracma perdida.
Cinco pães e dois peixes.
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Nas adjacências de um lago e através de barcos humildes, emoldurou, sem ouro e sem poder humano, a maior epopéia de amor universal que a Humanidade já presenciou no curso dos séculos.
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Não te esqueças de que o serviço de aprimoramento deve começar nos aspectos mais insignificantes de nossa própria vida.
Um sorriso em casa.
Um favor espontâneo aos amigos...
Um olhar de compreensão a quem sofre...
Uma prece pelos adversários...
Um gesto de fraternidade...
O silêncio diante da calúnia...
O socorro mudo aos enfermos...
A caridade de uma boa palavra em auxílio aos ausentes...
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Não procures a perfeição pela virtude postiça...
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Ninguém pode começar a construção de uma casa pelo telhado.
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Somos seres humanos, encarnados e desencarnados, com as nossas raízes ainda presas à Terra, mãe admirável de nosso desenvolvimento através dos milênios.
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Não pretendas voar sem asas.
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Entretanto, se ainda não somos anjos, podemos ser companheiros da bondade fiel.
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Tanto quanto possível, começa hoje o ministério da boa vontade para com todos, a partir do teu santuário abençoado equilíbrio em mais amplos degraus no caminho ascensional da evolução.
No Campo da Vida
Se o Evangelho nos ensina que a árvore é conhecida por seus frutos, transformemos cada dia em planta preciosa de nossa oportunidade.
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Para isso, meus irmãos, cada noite, indaguemos sobre o resultado de nossas horas.
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Que frutos recolhemos de nossas conversações?
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Que benefícios semeamos no espírito dos nossos semelhantes?
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Que atitudes assumimos para com os nossos amigos?
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Quantas vezes esquecemos o mal desculpado-lhes os portadores sinceramente?
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Que serviços foram efetuados por nossas mãos?
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Teremos sido uma presença proveitosa para quem nos segue?
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Conseguimos extinguir, em torno de nossa lavoura espiritual, os vermes da maledicência e os gafanhotos da crueldade?
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Como teremos vivido nossos minutos? Como alguém que chora, perdendo o tempo, ou qual o servidor vigilante que conhece o valor dos segundos, na obra que lhe cabe fazer?
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Quantas vezes teremos doado algo de bom aos outros, para poder pedir aos outros que nos auxilie?
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Que espécie de exemplos estamos oferecendo?
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Que resultados produzem a nossa conduta e o nosso esforço no ambiente doméstico e na área social?
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Teremos fugido, durante o dia, ao gelo da preguiça e à ventania da cólera?
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Estaremos valorizando o lugar que ocupamos, em nome do Senhor?
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Não nos esqueçamos de semelhantes indagações e saibamos viver o bem, de maneira constante, porque cada dia é principio de “tempo novo” para nossa alma e a Sabedoria Divina nos julgará, acima de tudo, não por nossas palavras vazias ou por nossos votos brilhantes, e, sim, pela produção de atos, com que nos expressamos no grande e abençoado caminho para a vida mais alta, porque se o verbo é o elemento que nos define, as demonstrações e os fatos constituem a força que fala por nós, agora e incessantemente.
No Culto de Deus
Ofertarás ao Senhor da Vida o ouro da beneficência, monumentalizando o ideal da solidariedade e o Céu te abençoará o trabalho com os preciosos recursos da gratidão e da simpatia.
Ainda assim, prosseguirás buscando a própria felicidade.
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Doarás ao Senhor da Sabedoria, a flama da inteligência, consagrando ao estudo nobre o patrimônio de teus dias e o Céu Honrar-te-á o esforço, brindando-te com os louros da cultura.
Mas não te deterás na caça da alegria.
*
Endereçarás ao Senhor da Infinita Bondade a melodia de tua palavra primorosa e renovadora, estendendo entre as criaturas a fonte do entendimento, e o Céu te louvará o verbo iluminado com os tesouros da inspiração a te enriquecerem as horas.
Mesmo assim, continuarás perseguindo a harmonia espiritual.
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Ofertarás ao Senhor do Universo o serviço honesto e digno, estimulando a arte e a indústria, a educação e o progresso, a benefício dos semelhantes e o Céu te responderá com a respeitabilidade e a experiência a coroarem-te o nome.
No entanto, ainda aí, avançarás no encalço da ventura devida a ti mesmo.
*
No entanto, quando entregarmos ao Senhor o próprio coração, para que a Sua Vontade Sábia nele resida, edificando o amor para todos os seres e para todas as cousas que nos cercam, não se limitará o Céu a abençoar-nos simplesmente, de vez que permaneceremos com Deus tanto quanto Deus permanece em nós, e seja onde for, na alegria ou no sofrimento, na atividade ou no descanso, a Luz da Felicidade e da Paz brilhará conosco para sempre.
No Esplendor do Bem
Abre o coração à luz do bem para que a luz do bem te clareie o caminho.
*
Qualquer criatura afeita à dominação no mundo enriquecer-se de ouro, mas somente aqueles que se entreguem à inspiração da bondade conseguem enriquecer o ouro terrestre da alegria e de luz.
*
No entanto, para que possamos realizar semelhante operação na química do espírito, é imperioso que a fraternidade infatigável nos aconselhe, orientando-nos a jornada.
*
Por isso mesmo, na exaltação da solidariedade, é necessário que nossa alma incorpore a si mesma a humildade e o amor, para que os nossos gestos consigam frutescer em talentos de felicidade real.
*
A moeda guardada no arquivo da sovinice cria a aflição e a intranqüilidade nas mãos que a sepultam no cofre do exclusivismo, mas aquela que se transforma na gota de leite para a criança subnutrida ou no remédio adequado para o doente é bênção de paz em apoio daqueles que a distribuem.
*
Dá-te ao trabalho constante em que o suor se te converta na fortuna indispensável a quantos te partilham a marcha, certificando-te de que a vida vitoriosa é aquela que oferece curso livre à distribuição dos valores da experiência e do amor ao próximo, a fim de que a saúde e a higiene, a educação e o conforto, o humanitarismo e a compreensão se façam patrimônio comum a todos os que cercam.
*
Recorda que a lama cultivada produz o pão que alimenta e não olvides que o espinheiro, em pleno deserto, com a simples visita do orvalho se veste com a flor que perfuma.
Onde estiveres, ampara e auxilia sempre, recordando Jesus, que, sem uma pedra onde repousar a cabeça, confiou-nos a todos o próprio coração, em forma de renúncia, no serviço incessante, enriquecendo-nos de paz e amor, ante a Vida Imperecível.
*
Abre o coração à luz do bem para que a luz do bem te clareie o caminho.
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Qualquer criatura afeita à dominação no mundo enriquecer-se de ouro, mas somente aqueles que se entreguem à inspiração da bondade conseguem enriquecer o ouro terrestre da alegria e de luz.
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No entanto, para que possamos realizar semelhante operação na química do espírito, é imperioso que a fraternidade infatigável nos aconselhe, orientando-nos a jornada.
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Por isso mesmo, na exaltação da solidariedade, é necessário que nossa alma incorpore a si mesma a humildade e o amor, para que os nossos gestos consigam frutescer em talentos de felicidade real.
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A moeda guardada no arquivo da sovinice cria a aflição e a intranqüilidade nas mãos que a sepultam no cofre do exclusivismo, mas aquela que se transforma na gota de leite para a criança subnutrida ou no remédio adequado para o doente é bênção de paz em apoio daqueles que a distribuem.
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Dá-te ao trabalho constante em que o suor se te converta na fortuna indispensável a quantos te partilham a marcha, certificando-te de que a vida vitoriosa é aquela que oferece curso livre à distribuição dos valores da experiência e do amor ao próximo, a fim de que a saúde e a higiene, a educação e o conforto, o humanitarismo e a compreensão se façam patrimônio comum a todos os que cercam.
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Recorda que a lama cultivada produz o pão que alimenta e não olvides que o espinheiro, em pleno deserto, com a simples visita do orvalho se veste com a flor que perfuma.
Onde estiveres, ampara e auxilia sempre, recordando Jesus, que, sem uma pedra onde repousar a cabeça, confiou-nos a todos o próprio coração, em forma de renúncia, no serviço incessante, enriquecendo-nos de paz e amor, ante a Vida Imperecível.
No estudo da Aflição
Em toda a parte, vemos a aflição
que se arroja ao crime;
que se confia à revolta;
que se rende ao desânimo;
que se desfaz em desespero;
que se transubstancia em ofensas aos semelhantes;
que alardeias intimidade com Jesus, ferindo os homens, nossos irmãos;
que, a pretexto de exercer a justiça, mobiliza tribunais e prisões;
que clama sem piedade contra a miséria dos outros;
que chora sem proveito;
que se demora nas apreciações infelizes;
que se mantém nas trevas, azorragando os que buscam a luz;
que se irrita;
que maltrata;
que vergasta e maldiz....
*
Entretanto, os bem aventurados do Evangelho são os aflitos que não provocam novas aflições.
São aqueles que aceitam a dor e nela acatam os Divinos Desígnios.
*
Recebamos no espinho que nos lacera ou no flagelo que nos humilha, a lição que a Providência nos envia e teremos chegado à Celeste Compreensão, para guardar, em espírito e verdade, o tesouro do Amor que o Divino Mestre nos legou.
O Cofre do Céu
Todos possuímos um cofre do Céu, para o cultivo da verdadeira felicidade na Terra, o cofre do amor nos recessos da própria alma.
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Mergulhando nele as mãos, dele podemos retirar as melhores dádivas, na extensão da caridade e da paz, do entendimento e da alegria.
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Fulgurantes moedas de luz dele nascem, abençoando-nos o caminho. E, usando-as, é possível diminuir a tristeza e extinguir a discórdia, atenuar o sofrimento e apagar as labaredas do ódio que vomitam lava e cinza de aflição, em quase todos os recantos da Terra.
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Aqui, auxiliam-nos a soerguer um coração materno torturado nas provações regeneradoras.
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Ali, nos acrescentam as forças para levantar um companheiro abatido.
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Além, habilitam-nos a espalhar ânimo e reconforto, em áreas atormentadas de incompreensão.
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Acolá, permitem-nos efetuar o socorro à criança relegada ao abandono.
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Depois, convertem-se em frases de carinho e consolação.
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Mais tarde, transformam-se em atitudes de tolerância, bondade, confiança e perdão.
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Não é preciso possuir o ouro da Terra para arrojar ás criaturas as bênçãos desse patrimônio superior.
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Não é necessário qualquer título convencionalista na cultura da inteligência para que venhamos a ser legítimos distribuidores dessa riqueza imperecível.
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Cada qual de nós pode gastar desses prodigiosos recursos que se multiplicam em nossa jornada para Deus.
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Ninguém vive sem circulo de necessitados dessas doações que podem nascer incessantemente em nós.
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Todos temos para auxiliar um parente na solução de problemas do mundo, um companheiro vacilante na fé, um amigo que se faz menos seguro, um irmão que chora entre a sombra e o infortúnio, porque nenhum de nós vive sem o estimulo abençoado das afeições que nos compartilham do caminho ou da vida.
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Sem aguardar pela visitação do dinheiro terrestre que, muita vez, não passa de pesada responsabilidade, espalhemos as bênçãos de alegria ao nosso alcance.
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Basta o concurso da boa vontade para descerrar esse cofre íntimo, de vez que o Pai Celestial encerrou-o em nosso próprio peito, guardando nele o tesouro do amor, em forma de coração.
Olvidemos o Mal
Cada criatura, segundo sente, lança de si mesma as idéias com que plasma as próprias obras.
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Se estamos informados de que os pensamentos se atraem, conforme a natureza em que se expressam, urge fugir à corrente sombria em que as inteligências transviadas deitam os resíduos dos empreendimentos infelizes a que se afeiçoam.
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Não bastará, por isso, ignorar-lhes o assédio, nem desculpar-lhes sempre a inesperada intromissão.
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Imprescindível esquecer-lhes os golpes, prosseguindo, sem mágoa, no culto do dever.
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O tempo guarda consigo a função de incessante renovador e o tempo, que converte o carbono em diamante, saberá transformar os caracteres que o lodo desfigura em vãos de eleição para a Vida.
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Para isso, no entanto, o ofensor requisita o grande esquecimento, qual o carvão amorfo que exige largo tempo de olvido em serro bruto a fim de enobrecer-se.
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Se a ingratidão te busca e apedreja o caminho, refugia-te em paz no serviço do bem, porque todo o Universo pertence em tudo a Deus, que a tudo atenderá no momento oportuno, sem que te caiba na vida interferir de leve nos ajustes da Lei.
Oração da Necessidade
Não pelo o ouro de tua prosperidade, nem a sobra de tua mesa, embora te agradeça o socorro fraterno, na benção de teu pão.
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Rogo a esmola de teu sorriso e o aconchego de teus braços para que não me sinta estrangeira na Terra em que semeio as flores da esperança, no espinheiro de minha dor.
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Dá-me a tua palavra de coragem para que eu possa contemplar as estrelas sem descer à lama do charco e sustenta-me com teu amor para que me sinta menos só!...
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Guarda contigo a melodia da gratidão com que te envolvo a caminho pela dádiva que me estendes, mas acima de tudo, agasalha-me no calor de teu coração para que a minha lágrima se erga também ao Céu, como prece de alegria no Amor Infinito de Deus.