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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Irma de Castro – MEIMEI

clip_image002Irma de Castro – MEIMEI

1922 - 1946

Apelido em seu círculo doméstico: Nan, lembrando a personagem da obra de Emile Zola.

Nome no mundo espiritual: Blandina, recordando a personalidade que viveu nos livros mediúnicos "Ave Cristo" e "Entre a Terra e o Céu".

Data de nascimento: 22/10/1922 em Mateus Leme - MG, às 07:30h da manhã.

Apelido familiar: Meimei, usado pelo casal, a partir da leitura que este fizera de uma revista de autor americano "Momentos de Pequim", nome chinês que significa "Noiva Querida" ou "A Bem-Amada", que a irmã Ruth preferia adaptar para "Amor Puro".

Seus pais eram Adolfo e Mariana de Castro. Seus irmãos chamavam-se Ruth, Danilo, Carmem e Alaíde.

Meimei fez o grupo escolar e cursou a Escola Normal de Itaúna - MG. Era, segundo seus professores, a alegria da sala, pela dedicação aos estudos, pelo companheirismo e pela delicadeza dos sentimentos. Teve a infância de uma menina do interior de MG, de família pobre. O pai era agente ferroviário.

Sempre gostou de leituras, possuía uma fertilíssima imaginação. Dizia que o pôr do sol trazia-lhe lembrança de um outro lugar. Na fé era católica, porém não dava muita importância às apresentações do culto, excetuando-se os da Semana Santa, em que se revestia de um profundo fervor religioso. Numa dessas ocasiões, Meimei vestiu-se de João Batista.

Conheceu Arnaldo Rocha (que era, na ocasião, ateu), que viria a ser seu marido aos 17 anos.

Meimei achava que ensinar era uma nobre profissão; era libertar as consciências da sombra e da ignorância; era levar às crianças o amor aos livros e ao estudo. Todavia jamais chegou a lecionar. Suas lições são hoje as suas mensagens e, quando encarnada, a caridade exemplificada.

Meimei era morena clara, 1,70m de altura, cabelos pretos ondulados e compridos, olhos grandes e negros.

Certa vez adoeceu. Teve uma gripe muito forte, com complicações pulmonares. Ficou com vontade de dizer algo ao noivo, porém calou-se acanhada.

Casou-se em Belo Horizonte em 10/06/1942, acrescentando o nome Rocha. À saída da igreja, um mendigo arrastava-se pelo chão, de forma chocante e asquerosa, sujo, maltrapilho e malcheiroso. Meimei inclinou-se, beijou-lhe a testa e deu-lhe o seu buquê de noiva.

Sempre foi de uma infinita ternura para com os velhos, enfermos e pobres, socorrendo-os e confortando-os. Sabia que nunca poderia ter filhos. Logo após o casamento, Meimei apresentou problemas nas amídalas, coisa que lhe era peculiar na infância. Ao operar-se, ficou um pequeno pedaço da amídala, que originou todo o seu drama.

Seu organismo passou a ser minado pela infecção. Todo tratamento foi inútil. Vieram complicações renais - nefrite - que depois transformou-se em glomerulonefrite; perturbações hipertensivas arterial e craniana. A partir de julho de 1942 até a sua desencarnação, isto é, na madrugada de 01/10/1946, em Belo Horizonte, com 24 anos, ficava dia e noite em quarto escuro. Estava sofrendo, motivado pelo estado hipertensivo de deslocamento das pupilas-cristalino e, com a marcha da enfermidade, ia perdendo a visão. Com o tempo possuía somente a visão lateral. Nos dias em que precederam o seu desencarne já estava completamente cega.

Ela dizia ao marido que toda noite a sua vovozinha vinha conversar com ela, e que em breve iria para um lugar muito bonito e iria encontrar-se com todos os seus filhinhos que não puderam nascer através dela. Por isso, hoje, Meimei é sempre lembrada junto às crianças.

Desencarnou de forma dolorosa, vertendo muito sangue pela boca, por uns 30 minutos.

Arnaldo Rocha, agora viúvo, continuava a não acreditar em Deus. Foi convidado a uma sessão espírita a que compareceu com muito esforço e descrença. Ao retornar, sua mãe lhe emprestou "O Livro dos Espíritos" que leu desordenada e desatenciosamente. Seu irmão deu-lhe o livro "O Problema do Ser do Destino e da Dor" de Leon Denis, que leu em conjunto com o livro de sua mãe. Passou a se interessar pelos temas, sem, no entanto acreditar em Deus. Após procurar Chico Xavier e dele receber uma mensagem incontestável de Meimei, tornou-se espírita e fundou o Centro Espírita Meimei.

Meimei, no plano espiritual é chamada de Blandina e executa trabalhos de enfermagem, no campo da desobsessão de encarnados e desencarnados.

Deixou inúmeras mensagens e livros através da mediunidade de Chico Xavier.

Livros psicografados por Chico Xavier e de autoria espiritual de Meimei:

Título Ano Ordem Cronológica

Pai Nosso 1952 47ª Obra do Chico

Evangelho em Casa 1960 62ª

Cartilha do Bem 1962 70ª

Amizade 1977 150ª

Somente Amor 1978 166ª

Deus Aguarda 1980 187ª

Sentinelas da Alma 1982 210ª

Palavras do Coração 1982 211ª